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Sucre – Bolívia

24 de junho de 2023 • Bolívia, Destinos • POR Daniela Marin
24 jun

Já ouviu falar em  Sucre na Bolívia?

Fora das rotas mais tradicionais de visitação no país, a cidade de Sucre surpreende pela beleza, por sua importância e por toda história que a envolve!

Decidimos conhecer a cidade por dois motivos: primeiro que, durante as pesquisas sobre o país, a cidade realmente chamou a atenção por sua rica história; depois, porque o voo de ida para a Bolívia era para Santa Cruz de la Sierra e de lá, a melhor logística para a viagem, da maneira que queríamos, seria fazer uma pausa em Sucre.

Não nos arrependemos…na verdade, foi uma gratíssima surpresa os dias que passamos por lá! Ficamos dois dias na cidade e de lá partimos de ônibus para Uyuni. Essa viagem fez parte do nosso mochilão pela Bolívia, uma das melhores viagens que fizemos! Pra mim pelo menos! rs

Sobre Sucre

A cidade de Sucre está situada na região centro-sul do país, numa altitude de 2800 metros e distante cerca de 690 quilômetros da capital do país, La Paz. Na teoria, Sucre é a Capital Constitucional do país, mas na prática, as sedes dos poderes nacionais estão em La Paz.

Sucre Bolívia

Sucre Bolivia

Ela é conhecida pelos moradores como a “cidade branca”, por ter seu centro histórico repleto de casas coloniais nessa cor. Esse mesmo centro histórico se tornou, em 1991, Patrimônio Mundial da UNESCO.

Sucre já foi a capital efetiva do país e também é conhecida por cidade dos quatro nomes (Charcas, La Plata, Chuquisaca e Sucre). Cada um dos nomes que ela já recebeu, representa uma etapa de sua história, desde sua criação em 1538 pelos espanhóis até a independência do país.

Com tudo isso, já dá pra perceber que história é o que não falta em Sucre. Ela está muito intimamente ligada com a história do país e isso trouxe reflexos pra ela, em sua riqueza, sua arquitetura e sua importância.

Bolívia Sucre

Sucre

Quando ir e onde ficar em Sucre

Como já falei, Sucre está situada a 2800 metros de altitude…isso significa que todas as noites na cidade fazem frio! Casaco por lá é essencial em qualquer época.

O período mais chuvoso vai de dezembro a março, que são os meses mais quentes também! Já o período de maio a agosto é o da estação mais seca e mais fria por tabela!

Nós fomos em julho. Muito frio pela noite mesmo e clima agradável durante o dia! O sol ajudava a aquecer bastante! Deu até pra ficar de camiseta pela tarde!

Em relação à hospedagem, acredito só existir um local recomendado…perto do centro histórico! Foi o que fizemos e é a melhor opção mesmo. Todas as atrações se concentram nessa região, podendo fazer praticamente tudo a pé!

Sucre Bolívia

Comida boliviana

Como chegar em Sucre

Bem, a cidade é a quinta maior do país e um centro importante. Possui um Aeroporto Internacional, localizado bem próximo da cidade e que recebe voos regulares partindo de La Paz e Santa Cruz de la Sierra.  

Foi o que nós fizemos…após uma longa conexão em Santa Cruz, onde conhecemos diversos brasileiros que faziam medicina no país, pegamos um voo da Amaszonas até Sucre. É uma companhia aérea regional e o voo dura cerca de uma hora. Consulte o site dela pra mais informações de horários e valores.

Além disso, a rodoviária da cidade tem linhas partindo e chegando de diversos destinos do país. Foi como partimos da cidade para Uyuni.

Sucre

Sucre

A cidade branca de Sucre

Como disse, nosso voo do Brasil parou em Santa Cruz e foi estratégico para nosso roteiro ir pra Sucre diretamente, onde aproveitamos por quase dois dias inteiros.

Nossa chegada em Sucre foi no final da tarde, e decidimos já comprar nossas passagens de ônibus para Uyuni logo de cara. Recomendo demais já se antecipar e garantir os tickets, pois o sistema deles era bem manual, bem ultrapassado.

Durante todo o mochilão Bolívia tivemos alguns contratempos com assentos, exatamente por ser um sistema manual. Nada que atrapalhasse, mas garantir os bilhetes com antecedência foi essencial, até porque não são muitas linhas e horários.

Um outro alerta que vale a dica é: cuidado com o “Soroche” ou o mal da altitude. Apesar de não ser a cidade mais alta que visitamos, a altitude é bem elevada e evitar o desgaste é imprescindível, principalmente até o corpo se habituar.

Nesse primeiro contato com a cidade já deu logo pra se encantar…ruas de pedra, casas e prédios coloniais do século XVIII e XIX e um clima muito gostoso. Caminhar pelas ruas da cidade já é uma das atrações sem dúvidas! Dizem que Sucre não mudou muito desde o período colonial.

Nosso Hostel era bem perto da praça principal, num casarão histórico, e fizemos tudo a pé, mesmo pela noite. Não sentimos nenhum risco em caminhar pela cidade e escolhemos um dos restaurantes bem recomendados, localizado bem próximo da praça. Aliás, podemos dizer que comemos muito bem na Bolívia!

mercado Sucre

Praça Sucre

O que fazer em Sucre

Para o segundo dia tínhamos reservado uma das coisas que mais gostamos numa viagem…caminhar sem preocupações, conhecendo os pontos de interesse e vendo a vida acontecer na cidade!

Em Sucre, a maioria dos atrativos fica no centro histórico ou próximos dele…um dos pontos principais e que ajuda a se localizar é a Plaza 25 de mayo, “coração” da cidade. A praça recebeu esse nome em homenagem a uma das primeiras manifestações pró-independência, a Revolução de Chuquisaca ou o Primero Grito Libertário da América, em 1809.

Nessa praça existem sorveterias, cafés, restaurantes e muita gente! Em seu entorno ainda estão localizados os prédios da Prefeitura Municipal, da Catedral, além da Casa de la Libertad, principal museu da cidade situado num antigo prédio que foi o palco da Declaração de Independência da Bolívia e que hoje conta a história do país e de sua luta pela libertação.

Próximo da Plaza 25 de Mayo vale a pena conhecer o Mercado Central de Sucre. O local é daquele jeito… uma verdadeira bagunça, muitas frutas, cheiros, cores. Eu gosto muito de conhecer lugares assim…a Dani não gostou muito! 😛  Mas gastamos um bom tempo caminhando e comprando algumas frutas por lá!

Sucre

Sucre Bolivia

O parque Bolívar é outro ponto de interesse, um pouco mais distante da praça central, mas nada longe. É na verdade uma praça grande com uma fonte de água, muitas crianças brincando e alguns restaurantes e cafés. No caminho para ele é possível conhecer o Teatro Gran Mariscal, construído no século XX como uma réplica do teatro Scala em Milão.

De frente para o Parque tem o prédio do Tribunal de Justiça na cidade, bem bonito e imponente.

Sucre

Convento Sucre

Já o Convento de San Filipe Neri, construído no século XVII, possui pinturas e criptas de personalidades da época colonial e da independência. Seu terraço, principal atração do Convento, permite um belo visual da cidade e rende excelentes fotos! Fique atento ao horário de funcionamento de tudo na cidade…muitos atrativos fecham para um longo almoço, uma “siesta” mesmo, reabrindo após as 15h.

Sucre

Bolívia

Fim de tarde

Um dos principais pontos da cidade, um pouco mais afastado do centro, é o Monastério de La Recoleta, uma igreja no alto de um morro com uma bela vista para a cidade e ótimo local para assistir o pôr do sol.

É possível ir a pé, como fizemos. No alto do morro além da igreja e de um museu dedicado, existe uma praça e um café para quem quiser passar a tarde por ali com mais conforto. Aproveitamos para tomar um café por ali…vale a pena porque o friozinho já começa a bater!

O local fica repleto de pessoas, sejam locais ou turistas, apreciando a tarde, praticando esportes ou apenas conversando. Tem também uma feirinha de artesanato por lá!

Sucre

Sucre

Outros pontos de interesse 

No dia seguinte ainda tínhamos a manhã para aproveitar a cidade e decidimos apenas dar mais uma volta, visitar outros pontos e voltar para aqueles que mais gostamos.

Seguem outros pontos de interesse na cidade:

– Igreja de La Merced

– Igreja Santo Domingo

– Museu de Arte Indígena

– Museu do Tesouro

– Parque Cretáceo

Bolívia

Sucre

Tirando o Parque Cretáceo que realmente não tivemos interesse em visitar, os demais passamos por eles mas não entramos, mas fica aqui a dica para quem tiver interesse ou mais tempo na cidade.

Após o almoço, que como sempre foi próximo a praça central, tínhamos que pegar o ônibus para Uyuni, numa viagem pelas altas montanhas e num ônibus sem banheiro, quente e lento.

A Dani sentiu um pouco o “mal da altitude” e passou muito mal durante o trajeto. A sorte é que o motorista para num local para todos descerem e fazerem suas necessidades…cada um podia escolher a sua moita, sem pressa!! Rsrs

Vou sempre falar que esse mochilão pela Bolívia foi e ainda é uma das minhas viagens preferidas…a cultura boliviana é muito diferente, muito rica, as paisagens são espetaculares…poder “mergulhar” nesse mundo tão diferente do nosso é o que mais gosto de lembrar!

Esse texto foi escrito por Samuel Cavalcanti, meu marido, fotógrafo e editor do Blog Prefiro Mochilar.

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