O que fazer em São Luís do Maranhão
20 de outubro de 2021 • Destinos • POR Daniela MarinVai conhecer os Lençóis Maranhenses e quer saber o que fazer em São Luís?
Fatos sobre a cidade
Muita história por trás desse município localizado no Nordeste brasileiro, capital e maior cidade do estado do Maranhão.
Começo dizendo que seu nome é uma homenagem ao rei Luís XVIII da França, dado pelos próprios franceses que fundaram a cidade. Aliás, esse é o único município brasileiro fundado por eles…chique né?
Entretanto, uma das características de seu Centro Histórico é a grande referência da arquitetura portuguesa, já que foram eles que colonizaram mesmo após inúmeras tentativas de invasões.
Outra curiosidade sobre a cidade é que ela faz parte da chamada “Amazônia Legal”, que engloba regiões pertencentes à bacia Amazônica e que possuem características semelhantes…ah sim…São Luís se assemelha com o Norte do país mesmo….clima, vegetação…sentimos isso quando chegamos lá…tanto que pode ser chamada de “Porta da Amazônia”…uma delas né?
Como chegar e quando ir?
Que a cidade fica no Nordeste eu já falei, acontece que ela fica numa ilha…sabia dessa? Pois é… na ilha de Upaon-Açu, cercada pela Baia de São Marcos, Baía do Arraial e pelo Oceano Atlântico.
A principal porta de entrada da cidade é o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, que possui uma boa frequência de voos. Outra forma é por via terrestre através da BR 135 que liga a ilha ao continente (interior, Teresina, etc.)…utilizamos essa via para nos deslocar até Barreirinhas e Piauí e voltar para São Luís.
Pra quem vai até Alcântara, existem algumas empresas que atravessam a Baia de São Marcos. Os guichês ficam no Cais da Praia Grande, mas dependendo da maré que realmente seca em determinados horários, as saídas podem acontecer do píer da Ponta d’Areia. Na verdade, as empresas se revezam no serviço e as saídas estavam bem escassas em termos de horários.
Se você for pra São Luís pensando em visitar também os Lençóis, como nós fizemos, o ideal é buscar viajar entre julho e dezembro, pois esse é o período de menor precipitação e com temperaturas altas. De janeiro a junho as chuvas são bem constantes.
Onde Ficar?
Bem, São Luís, apesar de todo o seu repertório turístico, é utilizada muitas vezes apenas como passagem para os Lençóis Maranhenses e nas nossas duas passagens por lá tivemos essa sensação. Mas já vou logo dizendo….é um engano não explorá-la!!
Normalmente, os turistas ficam mais concentrados na região litorânea da cidade, nos bairros de Calhau e Olho d’água. Por lá, as opções de hotéis, pousadas, restaurantes e barracas de praia são grandes. Muito movimento tanto de dia quanto de noite, em uma avenida litorânea bem extensa.
Outra opção de hospedagem na cidade é o Centro Histórico, onde estão concentrados prédios e casarões coloniais, as escadarias e demais atrativos. A grande maioria dos turistas não fica lá…passam por um dia ou uma tarde. De fato, o número de hospedagem é mais escasso.
Ficamos por 4 dias na cidade, sendo 3 no Centro Histórico e 1 no litoral, já no final da viagem. Não nos arrependemos pois eu, particularmente, gostei muito do Centro…por toda energia que tem, por poder estar mais próximo da verdadeira história do local. Valeu a pena fazer sem pressa e ver a vida como ela é por lá.
O que fazer em São Luís
Dia 1
Chegamos no Aeroporto de São Luís numa sexta-feira, ainda pela manhã. O voo foi alterado pela companhia aérea e acabamos ganhando um dia a mais na cidade…chegaríamos inicialmente apenas lá pelas 18:00!! Achamos louco de bom!! Rsrs
Como ficaríamos hospedados no Centro Histórico nessa primeira “perna” de São Luís, os planos eram achar a pousada, nos refrescar e sair para almoçar no Flor de Vinagreira, que é um dos restaurantes mais indicados dessa região da cidade. De fato, muito bacana!
O clima estava bem quente e úmido, diferente do que estamos acostumados em casa, então decidimos conhecer os pontos principais que estavam próximos a nossa pousada, que ficava nada mais nada menos, numa das ruas principais do centro, a rua do Giz.
Muitos já devem saber que nós não gostamos de sair pelos lugares correndo apenas para fazer o “check–in”…gostamos de passear, sem pressa…de sentir a vibração do lugar…sentar em praças e vivenciar os locais. Chamamos esse primeiro contato com os lugares de “ambientação”… 🙂
E garanto, para nós, é uma sensação muito boa….em São Luís não foi diferente…principalmente no Centro Histórico. Conhecemos os casarões coloniais nas ruas Portugal, rua da Estrela, rua do Giz…, entre eles a Casa do Maranhão e Casa de Nhozinho, fotografamos nas escadarias e ruelas de lá.
Lugar Fotogênico
O ambiente é muito gostoso para caminhar….era sexta, não vimos muitos turistas mesmo. Muitas pessoas consideram o centro um lugar degradado, feio….de fato, ele tem muitos casarões com aparência de abandonados, o que é triste pois alguns parecem que já até desabaram. Mas ainda sim, muitos outros casarões estão restaurados e todo o conjunto da obra vale e muito a pena conhecer.
Outra característica do centro é que ele tem uma “personalidade” muito forte…as pessoas que costumam frequentar dão esse ar….de tarde já começa a ficar cheio, principalmente na Travessa Marcelino Almeida onde estão concentrados alguns bares.
Ainda aproveitamos e conhecemos o Cais da Praia Grande e fomos para a região do Palácio dos Leões, rico em arquitetura, para aproveitar um belo pôr do sol e a vista. A região fica cheia de gente para ver o espetáculo.
Dia 2
Nesse segundo dia optamos por explorar um pouco mais o Centro Histórico…ainda tinha bastante coisa para ver. Logo pela manhã de sábado, já percebemos que o centro estava bem mais movimentado, com turistas fotografando e passeando.
Passeamos pelo Mercado, voltamos ao Cais para entender o funcionamento dos barcos para Alcântara, e como a grande maioria dos pontos são relativamente próximos, passamos novamente na região do Palácio dos Leões e conhecemos a Catedral da Sé com sua fonte de Iracema.
Outros pontos de interesse bem próximos são Teatro Arthur de Azevedo, Museu Histórico e Artístico do Maranhão, Museu da Gastronomia Maranhense. Como falei, fazer sem pressa tem vantagens. Fora todas as paradas que fizemos para sorvete e açaí na Praça dos Poetas e Beco Catarina Mina…rsrs…faz muito calor mesmo!!! Além do que o açaí por lá, assim como o creme de cupuaçu são produtos nativos e deliciosos.
O almoço nesse dia acabou sendo no famoso Senac, bem pertinho da pousada. Não costumamos mesmo gastar com restaurantes muito chiques…lá é um restaurante escola, e como era praticamente um ponto turístico, decidimos ir. Valeu a pena, pra ser sincero.
Pela tarde, fomos ao Convento das Mercês que tem um belo acervo de José Sarney e dos ex-Presidentes da República…o Convento, a Fonte das Pedras e a Igreja do Desterro ficam um pouco mais afastados do “miolo”, mas fomos a pé, conhecendo outros casarões e ruas fotogênicas e nem é longe.
De noite escolhemos um bar com música ao vivo no centro mesmo, chamado Buriteco Café. Achamos tão bacana e com um atendimento excelente que decidimos até voltar na noite seguinte.
Dia 3
Esse terceiro dia vai ser assunto de um post específico, pois foi o dia que fomos para Alcântara, município distante uns 20 quilômetros da capital São Luís, acessível por barco. Teremos um post específico para contar do nosso bate e volta para Alcântara.
Depois que voltamos de Alcântara, no final da tarde, fomos direto para a locadora de veículos retirar nosso carro alugado que estava reservado. A agência ficava perto da Av. Litorânea, no bairro Olho d’água e aproveitamos para dar uma caminhada na praia antes de voltar pra pousada no Centro.
No dia seguinte, bem cedinho, partimos para o restante da viagem que incluía Barreirinhas nos Lençóis Maranhenses e o estado do Piauí para só depois voltarmos para São Luís. Nesse retorno, escolhemos ficar na região do litoral.
Dia 4
Chegamos na cidade ainda pela manhã e tivemos um dia inteiro antes do voo de volta para São Paulo. Como já tinha falado, a Av. Litorânea é repleta de barracas de praia, restaurantes, hotéis e pousadas e tem um calçadão bem bacana pra caminhar.
O hotel que nos hospedamos fica em Calhau, de frente para o mar…para o fim da viagem que incluiu a Travessia pelos Lençóis, explorar o Delta do Parnaíba e finalizou com uma indisposição da Dani, nada melhor que ficar bem tranquilos, curtindo praia.
As praias são bonitas, urbanas, mas bonitas, com uma areia boa pra caminhar e muito vento. Muito vento mesmo, tanto que tem muitos praticantes de kitesurf por lá.
As opções eram: caminhar, achar uma barraca de praia interessante pra tomar uma “breja” de frente pro mar. A Dani vai de água de côco mesmo. Não foi difícil seguir o plano…caminhamos e achamos uma barraca…Como era julho, estava bem cheio de gente e um calor intenso.
Não precisamos nem voltar para o Centro, achamos que foi vantajoso dividir a estadia assim em São Luís e aproveitar bem a praia naquele dia. De noite, mesmo plano: caminhar e achar um restaurante, já que as opções são inúmeras e muita gente caminha e faz esportes.
A cidade ainda oferece outras opções para turismo como parques, outras praias menos badaladas, a Lagoa da Jansen entre outras. Achamos que 4 dias por lá foi o suficiente para uma primeira visita. E realmente saímos com a impressão que usar São Luís apenas como passagem é um engano.
A Ilha do Amor, apelido carinhoso de São Luís é uma cidade que realmente vale a pena conhecer!
Esse texto foi escrito por Samuel Cavalcanti, meu marido, fotógrafo e editor do Blog Prefiro Mochilar.
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